quarta-feira, 27 de maio de 2009

Conhecimento e Aprendizagem na Nova Mídia

Telepistemologia
Autor do texto: Pedro Demo

Nossas considerações sobre o texto:

O autor considera ambivalência a relação entre o real e o virtual, pois o virtual se tornou algo tão presente na sociedade através das tecnologias e dos meios de comunicação, que o homem o utiliza no seu cotidiano real como ferramentas de sustentação para seu uso profissional e pessoal, porém essa realidade do conhecimento não é algo palpável, mas uma condição de vida. O mundo virtual, como por exemplo, a internet, a televisão entre outras tecnologias são ferramentas virtuais não palpáveis, mas que já se tornaram realidade e conhecimento na vida do indivíduo e que através deles o homem é capaz de sentir emoções, fantasias, desejos, como uma realidade já intrínseca no seu cotidiano. O real e o virtual são aspectos diferentes, mas que estão presentes no cotidiano do indivíduo, são ambivalentes.

O autor vem mostrando ao longo do texto a diferença em termos de tecnologia entre o que está perto e o que está distante, o que é real e o que é virtual. No entanto esta pequena alusão do que está perto, porém, longe e do que está longe e perto ao mesmo tempo traz a tona um questionamento quanto ao processo comunicativo no ciberespaço.
Entretanto este grande mundo virtual está sujeito a falsificações e manipulações.
Isso quer dizer que o ciberespaço é um lugar de muito fácil acesso, é como se fosse um labirinto no qual para se chegar a um lugar precisa antes testar vários outros. No ciberespaço é a mesma lógica, nem todos os caminhos são verdadeiros, mas para se chegar ao objetivo (conhecimento), é preciso percorrer por todos os possíveis. Como o próprio autor menciona que podemos, devemos apontar limitações, deturpações, manipulações para que as potencialidades humanas tanto mais se tornem visíveis e preserváveis.
A questão é sempre procurar pelos caminhos que sejam verdadeiros.

O mundo virtual é realmente inovador, porém o autor aponta opiniões que colocam esse mundo como sendo mais um manipulador das mentes, do que um mundo que desenvolve a criticidade, que leva ao conhecimento.
Nessa visão segundo Canny e Paulos, o corpo se separa, metafisicamente, da mente e que isso não é bom, já que a experiência de estar no mundo é muito mais do que mera observação. Esse mundo virtual vem “prendendo” cada vez mais as pessoas, praticamente tudo hoje em dia gira em torno do computador e, sobretudo a internet. O autor nos coloca que não há chances do mundo virtual substituir o mundo físico. Mas, sabemos que quando entramos no ciberespaço, é nossa mente que entra. De uma certa forma podemos estar lá dentro, porém o corpo fica de fora.
Concordamos com a dubiedade da questão, pois ao mesmo tempo em que o mundo virtual abre portas e leva o conhecimento a alguém, ele pode também manipular, distorcer informações, escravizar. Porém como toda informação que está no mundo virtual é produzida pelo próprio homem, é ele mesmo que se “prende”, que se “escraviza”, se “coloniza”. Desse modo, tudo o que o indivíduo acessa, deve ser selecionado por ele mesmo como sendo algo bom para ele.

Telepistemologia é o conhecimento reconstruído a distância, em particular no mundo virtual da internet que a cada dia vai se tornando mais comum, mais real, natural, mais cotidiano que o mundo dito real. A Telepistemologia traz uma teoria crítica do conhecimento que tem como função central resgatar o sentido humano da comunicação.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Brinquedos podem contribuir para a aprendizagem científica

A brincadeira envolve todas as idades e o brinquedo sofre transformações – da mesma forma que o bebê brinca com o chocalho, o adulto ‘brinca’ com o celular. O importante é a qualidade do brincar, ou seja, o quanto ele favorece a construção da autonomia do sujeito que brinca. A opinião é do doutor em educação Marcos Pires Leodoro, professor e pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Marcos Leodoro é um dos responsáveis pelo Laboratório Pedagógico de Formação de Professores do Departamento de Metodologia do Ensino do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFSCar. Com apoio do CNPq, ele organiza oficinas de divulgação da ciência, matemática e tecnologia para crianças de 3 a 6 anos e para professores de escolas municipais de educação infantil do município paulista de São Carlos. Também é responsável pela montagem de um acervo de brinquedos e atividades de educação científica, na Unidade de Atendimento à Criança da UFSCar.
O professor diz que sempre utilizou os brinquedos em suas aulas, tanto no ensino básico quanto na universidade. No início, conta, os estudantes de licenciatura em física eram meio reticentes à proposta de realizar atividades visando explorar conceitos físicos presentes no design e funcionamento de brinquedos. Mas, depois, revela, diversos alunos assumiram a proposta e a aplicaram em suas próprias aulas.
A proposta de utilização do brinquedo na educação científica das crianças visa a criação de uma ambiência lúdica. “Por meio da brincadeira que o brinquedo enseja, mas que só é efetivada pela ação e pelo gesto da criança, a realidade, posta em suspensão, porém jamais ignorada, pode ser representada e, desse modo, problematizada”, justifica.
Em sua opinião, o brinquedo não é e não deve ser objeto de alienação. Segundo ele, a maioria dos objetos, em todas as faixas etárias, pode ser apropriada enquanto instrumento pedagógico da educação científica. Isso ocorre não por acaso, mas em virtude do forte caráter científico e tecnológico da produção material contemporânea, acredita.
“Potencializando a curiosidade e a criatividade das crianças, propomos a elas a reelaboração dos brinquedos e a construção da brincadeira a partir da interação com os objetos industrializados e outros que criam por meio do aproveitamento de materiais de baixo custo”, diz. Ele destaca que as ações das crianças sobre esses objetos devem envolver, entre outras atividades, a construção e desconstrução física, a manipulação livre e a bricolagem. “Temos tido um retorno muito positivo das crianças, no sentido de verificar o quanto estão atentas à realidade em que vivem e como podem criar, transformar e ressignificar os objetos e brinquedos”, assegura.
Comunidades pobres – Na visão de Marcos Leodoro, mesmo os professores de comunidades pobres dispõem de inúmeros recursos para a educação científica dos estudantes, desde que tenham motivação, uma formação razoável na disciplina em que lecionam, e espírito criativo. “Quando vejo caixas de papelão, garrafas PET e outros objetos jogados pelas ruas, penso em várias apropriações lúdicas e didáticas que poderiam ser realizadas com esses materiais”, ressalta o professor.Fátima Schenini
Leia mais sobre o tema no Jornal do Professor.

Aprendendo com a Turma da Mônica


Numa escola da Prefeitura de Vitória, as professoras trabalham com noções de higiene, cidadania, alimentação saudável, entre outros por meio de projetos com a Turma da Mônica.
Um trabalho superinteressante que merece ser valorizado.
Confira no link abaixo.

http://sistemas6.vitoria.es.gov.br/diario/noticia.php?idNoticia=733